segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Conceito de Qualidade em Televisão

O debate neste blog começa a partir do texto "A discussão do conceito de qualidade no contexto televisual britânico". A qualidade em televisão é um conceito controverso e que pode ser discutido a partir de diferentes perspectivas. Neste caso, o texto aponta algumas perspectivas de análise a partir do estudo do contexto televisual britânico. São elas: produção de qualidade, a importância e o papel da audiência e as propostas culturais, sociais e os valores éticos que a TV pode veicular. Vamos então discutir como é que estas três perspectivas foram estudadas no contexto britânico e como podem ser entendidas na análise de outros canais, como a RTP2, a SIC Notícias e o AXN.
Espero a participação de vocês!

6 comentários:

Anónimo disse...

Gostaria de estar mais dentro do contexto televisual britânico para poder expressar-me melhor quanto a este tema. Creio que na Inglaterra há mais do que 4 televisões de acesso público, ao contrário do que acontece por cá. Creio estar a ver a televisão caminhar num sentido onde futuramente os canais por cabo não serão chamados como tal, mas sim mais canais a juntar aos públicos que temos hoje. Parece-me que a TV por cabo não será uma realidade apenas para as elites ou para alguns. E parece-me que isso acontecerá num futuro muito próximo. Quando isso acontecer, a forma de disputar consumidores vai mudar insolitamente: as TVs disputarão entre si através da exibição de uma melhor programação (e aí entra muita relatividade) e de menor publicidade. A TV terá de arranjar meios de subsistência paralelos à publicidade. E que meios? Deixemos o Balsemão ou o Moniz pensarem nisso porque agora vai começar um programa excelente na TV. =P

Dêem mais variedade ao consumidor para a qualidade apareça. Mais variedade é mais justiça, e com mais justiça a TV evolui de forma qualitativa, digo eu...

Saudações!

Anónimo disse...

Errata!

Na 5a linha não é "televisões", mas sim "canais".

Desculpem lá...

Obi disse...

Em Inglaterra, têm cerca de 250 canais gratuitos, enquanto que nós temos 4... Depois eles têm o serviço digital que lhes dá ainda mais canais de Alta Resolução. Em relação à qualidade dos programas, é óbvio que em Inglaterra vai prevalecer em relação a Portugal, pois todos nós temos gostos diferentes e com 250 canais a escolha, vai haver mais que um que iremos gostar.
Em Portugal os canais estão adaptados para as grandes massas populacionais, aquelas que lhe dão mais audiências, e em Portugal, infelizmente não é a classe alta ou média alta que prevalece, sendo por isso, a maioria dos programas orientado para uma classe média baixa. É tudo uma questão de marketing.
Felizmente, agora recentemente, os canais tentam colocar mais programas abrangentes e que nos cative a atenção.
Com o aparecimento da tv paga, os canais são acrescidos e assim, já surgem programas em diferentes canais que todos podemos ver.

wild.youth.records disse...

Desde que a TV CABO dificultou o acesso pirata aos seus serviços desisti de ver tanta televisão nacional. Decidi rodar a minha parabolica para um satelite Alemão em que apanho cerca de 100 canais Alemães e Ingleses ( Generalistas , Animação , Musicais , Informativos )

Realmente é muito triste termos de pagar por um serviço que devia ser livre, ( como o é na Inglaterra , Alemanha , U.S.A. ) não digo todos os canais, mas pelo menos os Informativos, Infantis e os Musicais.

E por falar em programas com conteudos infantis pergunto eu... Onde é que estão os desenhos animados com qualidade na televisão pública Nacional para as crianças de hoje? È que no meu tempo eu corria da escola para casa a 100 kms á hora para não perder um único minuto do Dragon Ball, eram desenhos animados "violentos" mas é certo que antigamente não se viam tantas noticias de miudos de 12 armados.

Paulo disse...

Só uma questão, não será a televisão que temos um reflexo da audiência? e se a audiência for de má qualidade, será sustentável ter uma televisão de qualidade?

Boa sorte para o blogue

Anónimo disse...

Quanto aos desenhos animados: "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades". Quem não tem acesso à TV por cabo e não pode aceder a canais como o Panda ou o Cartoon Network (que fazia e faz o belíssimo trabalho de ensinar involuntariamente inglês aos miúdos que o vêem) tem de se "contentar" com a RTP2. Tenho uma irmã de 7 anos e dou por mim muitas vezes a ver desenhos animados com ela; confesso que até nem são de assim tão má qualidade. Pelo menos parece-me que a RTP2 tem algum cuidado com o que põe no ar. Já não perco o mesmo tempo que outrora a ver os restantes canais de animação, mas lá está: não se pode esperar que ponham no ar o Dragon Ball anos a fio para que todas as gerações possam ver. É o que tentaram fazer na SIC Radical e, confesso, o que é de mais, enjoa. E eu também era um desses miúdos: a escola acabava às 16h e o Dragon Ball começava às 16h; era difícil não perder o genérico, mas consegui acompanhar a série religiosamente.
Ludgero, o que achas agora é o que acham certamete os nossos pais quando dizem que perdemos mundos e fundos só porque não assistimos à Abelha Maia, às Aventuras do Marco, ao Tom Sawyer, etc. ...
É frequente a geração presente achas que a geração seguinte é mais pobre que a sua. Futuramente, a minha irmã dirá aos seus filhos (se os tiver) que «o Noddy é que era bom!»