terça-feira, 14 de outubro de 2008

Bom...
Adorno e McLuhan são dois opostos que no entanto não são assim tão diferentes quanto isso (representam dois extremos, e a virtude está no meio como já se sabe).
Se nos dias de hoje a televisão é vista pela camada intelectual da sociedade como um meio de comunicação inferior, nos dias de Adorno então pior ainda. Uma pessoa que quisesse ser reconhecida como um ser intelectual não poderia admitir que via televisão (ainda que a visse ou não). Portanto o que Adorno fez foi "estudar" a televisão através de resumos escritos de programas ou partes de guiões, sem nunca ter visto os programas que estava a analisar. No entanto ele não precisava, pois a conclusão teria que ser uma, que a televisão era "má".
No outro extremo temos McLuhan que defende que a televisão é "boa" e apesar de este ter conhecimento do que se passa na televisão os seus argumentos são o grão da imagem televisiva, o efeito mosaico, o facto de o ecrã pequeno e a imagem de baixa definição favorecer uma mensagem incompleta e fria.
Este argumento falha porque na mesma imagem granulosa, definição baixa e estrutura fragmentária podem ser exibidos programas bons e programas maus.
Como o autor do texto diz para ambos a televisão é vista como uma estrutura abstracta, modelo genérico de produção e recepção e sem nenhuma "brecha" para a ocorrência de diversidade.

A

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo.

E lá diz o velho provérbio: «no meio é que está o recheio!»